Psicólogo tem papel importante no tratamento do câncer de mama
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- Categoria: Saúde
- Publicado: Quarta, 23 Outubro 2019 14:52
- Escrito por Redação
O tratamento do câncer de mama, mesmo diante da boa notícia de ser eficaz em muitos casos, principalmente quando diagnosticado no início, causa receio em muitas mulheres. O combate à doença, em boa parcela das situações, impacta diretamente nas condições físicas, emocionais e sociais da paciente, pois são obrigadas a conviver tanto com a possibilidade da mutilação quanto com a da morte. É nesse contexto, para auxiliar e oferecer um suporte à paciente e sua família, que a/o psicóloga/o tem um papel fundamental no acompanhamento do tratamento.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é a segunda em ocorrências relacionadas a esse mal no Brasil e no mundo, ficando atrás apenas do câncer de pele. No período em que as atenções do país estão voltadas para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama, a psicóloga Irancarla Meneses destaca a atuação da/o psicóloga/o no tratamento da doença.
“O profissional de psicologia ajuda o paciente a entender suas próprias emoções e o ajuda a processar o que é novo e a enfrentar a doença e as mudanças associadas a ela. A abertura para o paciente falar e o trabalho em cima dos sentimentos são componentes importantes dentro desse manejo. Com isso, ocorre redução da ansiedade e do sofrimento e melhora da qualidade de vida do paciente. A partir disso, questões referentes ao adoecimento, como compreensão do diagnóstico; adesão ao tratamento; estratégias de enfrentamento; entre outras são trabalhadas”, ressalta a profissional do Hapvida.
Não é só no pós-tratamento que o apoio psicológico é importante. Ele deve ser feito desde o diagnóstico, e pacientes com a doença mais avançada também devem buscar o apoio de um profissional. “Tudo muda no segundo em que o médico confirma a doença: pensamentos e sentimentos invadem a mente e a alma. O suporte psicológico ajuda o paciente a elaborar as ideias e dá ferramentas para que ele crie novas estratégias, adaptando-o para o futuro. Cada paciente tem sua história de vida. O psicólogo individualiza a abordagem e trabalha em cima das peculiaridades de cada um”, explica Irancarla Meneses.
Em casos de extração da mama, a ajuda a superar o processo traumático e promover o reencontro dessa mulher com a sua sexualidade e autoestima também são fundamentais: “Compreendemos que a mama na nossa cultura possui um valor simbólico associado à feminilidade, sexualidade e maternidade. Pensando nisso ampliamos nosso olhar para os impactos do adoecimento desta região para cada mulher”, disse Irancarla Meneses, do Hapvida. Segundo a psicóloga, além do atendimento individual existem projetos voltados para mulheres mastectomizadas, que funcionam com o objetivo de oferecer o auxílio necessário.
Suporte à família
Para Irancarla, o suporte à família é tão importante quanto o acompanhamento da paciente. De acordo com a psicóloga, a adequação à nova realidade desencadeia o sofrimento nos outros membros da família. “Compreendendo que somos seres inseridos socialmente e também nos constituímos a partir das relações, a família está diretamente ligada a esse adoecimento, por isso, em muitos casos, toda a família deve ser acompanhada por um profissional de psicologia”, destaca.
Fonte: AI Comunicação