86 99924-3051


Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna

Primeira vitória de Ayrton Senna no GP do Brasil, em Interlagos, completa 30 anos



Uma das vitórias mais marcantes da carreira do tricampeão mundial Ayrton Senna completa 30 anos nesta quarta-feira. Mesmo quem não acompanhava a Fórmula 1 ou sequer era nascido em 24 de março de 1991 sabe do roteiro dramático que envolveu o GP do Brasil no autódromo de Interlagos, em São Paulo, naquele ano. Com chuva, apenas com a sexta marcha funcionando no carro e com imenso esforço físico, o piloto conseguiu a então inédita vitória dentro de casa.

Porém, para resgatar a história, o Estadão procurou detalhes de bastidores com pessoas que estavam no autódromo de Interlagos naquela tarde. Ganhar o GP do Brasil era um feito que Senna se cobrava muito para conquistar. Embora já tivesse na época dois títulos mundiais, o piloto da McLaren sonhava em vencer diante da própria torcida. A façanha veio sob chuva e em uma corrida complicada.

Em entrevista ao Estadão, a irmã mais velha de Ayrton, Viviane Senna, comentou que em família o piloto sempre comentava o quanto queria vencer o GP do Brasil. "O Ayrton sempre fez questão de dividir suas vitórias e títulos com a torcida brasileira. Ele sabia o quanto isso era importante para o nosso País naquele momento tão difícil que o Brasil enfrentava. Por isso, a vitória diante dos brasileiros era ainda mais especial e nos anos anteriores ela sempre escapava de alguma forma. E veio de uma maneira incrível em 1991", contou.

A corrida se tornou emblemática para os torcedores porque Senna viveu uma enorme dificuldade. Após largar na pole position e liderar o GP inteiro, nas voltas finais o piloto enfrentou um problema. Aos poucos as marchas não entravam e restou a ele guiar o circuito inteiro apenas com a sexta marcha. A dificuldade maior era nas curvas de baixa velocidade. Era preciso um esforço para manter o motor em funcionamento e o carro na pista.

Para se ter uma ideia, a 10 voltas do fim o brasileiro tinha 40 segundos de vantagem para o segundo colocado, o italiano Riccardo Patrese, da Williams. Depois disso o rendimento da McLaren decaiu demais e Senna completou a corrida somente três segundos à frente do adversário. Se a corrida fosse um pouco mais longa, certamente Senna seria ultrapassado.

Viviane e os pais, Neyde e Milton, acompanharam tudo do autódromo com enorme apreensão. A vitória foi um alívio para todos, que viram Senna terminar a prova tão esgotado que mal tinha forças para levantar o troféu. "A gente só veio a saber de tanto esforço físico e do drama de só estar com a sexta marcha quando ele acabou a corrida e terminou vencendo. A exaustão foi impressionante e vale lembrar que o Ayrton já era um exemplo de atleta e condicionamento físico em 1991", contou a irmã do tricampeão.

ANGÚSTIA - Para quem estava no autódromo, a lembrança das voltas finais ainda é bastante marcante. Em uma época ainda sem internet, o rádio de pilha era a fonte de informações para saber o motivo da lentidão de Senna nas voltas finais. "Era flagrante o quanto a Williams do Patrese se aproximava. Dava aflição. O curioso é que os motores roncavam alto. Era perceptível que a McLaren tinha um som constante, sem aquele barulho característico da redução de marcha", relembrou o designer de capacetes Raí Caldato, de 45 anos, que estava na arquibancada da Reta Oposta.

Quem não estava acomodado na reta de chegada, só soube que a corrida acabou com a vitória de Senna porque ouviu um outro setor do autódromo gritar. "A torcida do meu setor só começou a comemorar porque ouviu quem estava na reta dos boxes vibrar. Foi assim que a gente soube da vitória do Senna. Mas a gente só foi ter noção dos problemas no câmbio horas depois, vendo pela TV", contou Caldato.

O piloto e comentarista Felipe Giaffone estava acomodado no S do Senna e conseguiu ver de perto o momento decisivo em que Senna cruzou a linha de chegada. "A gente não tinha informação alguma da prova. Tudo era só no visual", comentou. "Na saída, todo mundo da torcida saiu andando animado, comentando sobre a prova. Essa atmosfera, essa energia, era incrível. Tinha muita gente chorando e gritando", relembrou.

SEM FESTA - Mesmo com a vitória sonhada e tão complicada, Senna não conseguiu comemorar muito. A irmã do tricampeão relembra que a noite do vencedor do GP do Brasil de 1991 não foi de festa. "Ele chegou em casa exausto, foi fazer uma sessão de massagem e fisioterapia para soltar a musculatura. A ideia era descansar mesmo. Só que muitos fãs apareceram na frente da casa, deveria ter umas 200 pessoas lá na frente do portão. Aí, depois da massagem, o Ayrton foi lá dar pessoalmente oi para os fãs e agradecer todo carinho", contou.

 

Estadão Conteúdo



Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna