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Motos roubadas eram vendidas a R$ 500 e 9 membros de mesma família são presos

Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (04), o delegado Éverton Ferrer, gerente da Polinter, informou que os presos na operação Apocalipse vendiam as motos roubadas por valores muito abaixo do mercado. Os veículos roubados e furtados eram vendidos entre R$ 500 a R$ 1000. Os suspeitos comercializavam a maioria das motos em aplicativos como a OLX e Facebook. As motos alvos dele eram modelos Broz e Fan. 

Nesta manhã foram cumpridos 37 mandados de prisão preventiva na operação que contou com 100 policiais civis. Entre os presos estão Josimar Vieira da Silva, conhecido pelo apelido de Diabão. Nove membros da família dele foram presos. 

O Diabão e a família atuavam no núcleo de adulteração dos veículos. Foi preso o filho dele, cunhado, irmão e mulheres da família”, conta o delegado Éverton. 

As adulterações eram tão “bem feitas” que a Polinter está com dificuldade para identificar alguns veículos apreendidos. Além do núcleo de adulteração de veículos, a organização tinha o núcleo especializado na encomenda das motos e na adulteração de documentos falsos. 

“Os documentos em si eram verdadeiros, falsas eram as informações que estavam neles”, disse o delegado. 

Há suspeitas que os papéis usados para confeccionar os documentos tenham sido furtados de lotes do Detran. O delegado Éverton pede que quem negociou com os presos na operação procure o setor de vistoria da Polinter.

Marcelo Castro diz que extinção de municípios tem chance “abaixo de zero” para aprovação

O senador Marcelo Castro (MDB) voltou a criticar nesta terça-feira (3), a proposta do governo federal de acabar municípios com menos de 5.000 habitantes e possuem arrecadação inferior a 10% da receita total. No Piauí, 78 municípios seriam extintos. Para o parlamentar, a proposta tem chance “abaixo de zero” de passar no Congresso Nacional e foi feita por pessoas que não conhecem a realidade do país.

“Isso é uma proposta típica de burocratas, de pessoas que nasceram no asfalto, que nunca visitaram o interior do país, as regiões mais longínquas e abandonadas. São pessoas que trabalham dentro de quatro paredes com ar condicionado, muito longe da realidade brasileira”, desabafou em entrevista à TV Cidade Verde.

“A chance de esse projeto passar aqui no Congresso é abaixo de zero. Aqui têm representantes que conhecem a realidade no Brasil e não vive só em ar condicionado”, acrescentou.

Castro chegou a dizer que desafia alguém mostrar que a vida dos habitantes desses municípios piorou após a emancipação política.

“Eu duvido que tenha um habitante de uma dessas pequenas cidades, em qualquer lugar do Brasil, que seja favorável a uma atitude dessas. Simplesmente as pessoas hoje vivem muito melhor nessas cidades do que quando eram povoados, e viviam abandonas a própria sorte”, declarou, citando as cidades de Guaribas e Morro Cabeça no Tempo como exemplo.

“São regiões distantes da sede. As pessoas hoje têm mais educação, saúde e infraestrutura”, finalizou.

Cidadeverde.com

Prefeito Luiz Menezes acompanha obras de reforma do Estádio Itacoatiara

O prefeito de Piripiri, Luiz Menezes, esteve acompanhando a obra de reforma do Estádio Itacoatiara Arena Colorada. Na ocasião, a empresa realiza a drenagem do campo.

As obras de reforma do estádio estão bastante avançadas. Com isso o time do coração dos piripirienses nos próximos meses contará com uma mega estrutura para disputar o Campeonato Piauiense 2020.  Uma loja do 4 Julho está sendo construída ao lado do estádio. O espaço terá artigos do clube piripiriense, como camisas, e até, venda de ingressos. 

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas em pé e atividades ao ar livre

Xuxa revela ter sido abusada por parentes e professor na infância

A apresentadora Xuxa Meneghel usou sua coluna na revista Vogue para dar mais detalhes sobre o caso de abuso do qual foi vítima na infância.

No texto, Xuxa classifica o caso como "o mais difícil que já viveu em seus 56 anos" e que tomou a iniciativa de falar abertamente sobre o tema para tentar ajudar outras pessoas.

Xuxa inicia o relato contando que tinha por volta de quatro anos e morava no Sul com sua família quando o caso ocorreu.

"Minha mãe costumava colocar um edredom no chão depois do almoço e deitar com nós cinco para tirar um soninho na parte da tarde. Eles costumavam nos dar um elixir que abria o apetite. Como sou intolerante ao álcool e sei que este elixir tinha - mesmo que em dose pequena - dormia mais profundo do que meus irmãos. No Sul também era comum misturar vinho com água e açúcar e dar para as crianças, o que também me deixava com mais sono do que o normal", relatou Xuxa, que continuou:

"Minha mãe ficou grávida muito cedo e nunca teve babá, tentava dar de tudo para nós cinco. Hoje em dia, as pessoas podem ver isso como falta de cuidado, mas não foi o caso da minha mãe, que nunca deixaria nada de mal acontecer com um dos cinco filhos dela. Mas aconteceu. Depois de anos, perguntei às minhas irmãs se algo parecido tinha acontecido com elas também, mas para minha surpresa, não."

"Por que fui a escolhida? Não sei, mas me lembro de um cheiro de álcool de alguém, uma barba que machucou o meu rosto e algo que foi colocado na minha boca. Acordei dizendo que alguém tinha feito xixi na minha boca e os meus irmãos disseram que eu tinha sonhado. Essa foi minha primeira experiência com abuso sexual, que, diga-se de passagem, eu não me lembro direito, mas existiram outros casos..."

Xuxa, então, relembra outro caso que teria ocorrido pouco tempo após a situação relatada acima, quando ela tinha "cinco ou seis anos".

"Me lembro que andávamos de Kombi. Nós crianças íamos atrás. Eu tinha 5 ou 6 anos e os mais velhos eram pré-adolescentes, primeiros de segundo grau e amigos muito próximos da família. Sentia tocarem em mim, colocavam o dedo, doía, não sabia distinguir o que sentia, por isso não chorava e nem reclamava com ninguém sobre o acontecido", revelou Xuxa, que continuou:

"Essa mesma pessoa vinha ao Rio quando eu já tinha entre 9 e 10 anos, e, quando a família dormia, colocava seus dedos por debaixo dos lençóis e me tocava. Nesse tempo, esse parente distante já era um adolescente e sempre que podia me tocava. Por que eu não gritava, não chorava? Não sei!"

Xuxa continua com seu relato e relembra outro caso de abuso que foi vítima, desta vez quando tinha 11 anos.

"Meu professor de matemática do colégio Itu, que atendia pelo nome de Maurício, me chamou depois da aula e, mesmo na frente da minha amiga Yara, ele disse que queria me deixar só de calcinha e colocar nas minhas coxas. Me perguntava: o que seria isso? Foi então que eu vi pela primeira vez alguém se masturbar. No outro dia, ele mandou que eu fosse ao quadro para escrever alguma coisa antes que os outros alunos da sala entrassem. Era hora do recreio, ele disse que isso iria me ajudar nas notas finais", detalhou a apresentadora, que continuou:

"Escrevi o que ele queria no quadro e vi que ele se tocava embaixo da mesa, usava uma calça quadriculada e se mexia muito, não entendia muito bem o que ele tava fazendo... foi aí que o ouvi gemer e depois se limpar. Eu perguntei o que tinha acontecido, se aquilo era colocar nas coxas. Ele riu e disse que não, mas que faria isso em mim, que não iria me machucar e que se eu falasse pra alguém sobre o que eu tinha visto ou o que ele havia falado, 'ninguém iria acreditar, pois entre a palavra de um aluno e de um professor, o professor sempre ganha'."

Xuxa diz que contou o ocorrido para sua irmã, Mara, quando chegou em casa. Após revelar o assédio para sua irmã, ela e seu irmão foram transferidos para outro colégio, onde os problemas cessaram. No entanto, a apresentadora voltou a sofrer com assédios, desta vez dentro de casa. O agressor seria um namorado de sua avó identificado como Ubirajara.

"Eu ia ao apartamento dela, ficava vendo TV e o futuro 'vovô' ficava perto e me fazia carinho até que minha vó fosse costurar e ele pedia para eu sentar no colo dele. Às vezes ele tomava banho e deixava a porta aberta. O barulho que minha vó fazia enquanto cozinhava ou costurava o deixava livre para vir até a porta se tocar me olhando. Eu não entendia por que ele fazia isso e nunca perguntei nada. Então, ele começou a tocar meus futuros peitos - sim, ainda não tinha nada a não ser um mamilo um pouco maior. Uma vez vendo TV, ele acariciou meu cabelo, o cheirou e logo depois desceu a mão para os meus (quase) seios e os apertou. Doeu e eu o fiz parar, e ele disse que era só um carinho e que só o 'vovô' podia fazer porque me amava como neta."

A apresentadora diz "não saber" por que não contou para a mãe sobre o abuso. Ela ressalta que, por influência de sua mãe, a avó acabou terminando o relacionamento com Ubirajara: "Eu disse que se minha mãe não queria e não gostava, eu também não queria e não gostava. Foi o máximo que fiz pra protestar o que vivi dos meus 10 aos 11 anos."

Xuxa ainda revela ter sido vítima de abuso por um homem chamado Álvaro, que ela aponta como "o melhor amigo de seu pai". O abuso ocorreu pela primeira vez quando ela tinha 11 anos e se repetiu dois anos depois.

"Meu pai alugou uma casa, a casa azul, que era muito pequena, só tinham dois quartos. Meu pai e minha mãe ficavam em um, e o outro com duas beliches era onde dormíamos eu e meus irmãos. No alto verão, dormíamos na varanda de tanto calor e minha mãe colocava o famoso edredom e fazia uma cama enorme. Lá dormíamos eu, meus irmãos, amigos dos meus irmãos e às vezes um casal amigo dos meus pais. O homem, que se chamava Álvaro, era sem dúvida o melhor amigo do meu pai. Ele dormia no meio de todos para fazer companhia e cuidar das crianças, mas eu acordava com sua mão me tocando. Por que eu? Não sei!", relata Xuxa, que acrescentou:

"Aos 13 anos, ele fez uma casa e me chamou para ver como estavam as obras. Disse que eu teria um quarto para dormir lá quando quisesse... Eu até o chamava de padrinho! Ele disse: 'Dá um abraço no seu padrinho, faz tempo que você não faz isso' e me encurralou na parede de pedras da varanda e colocou suas mãos por debaixo da minha camiseta. Eu estava de biquíni e camisetão. Ele tentou beijar minha boca. Me lembro que chovia e eu saí correndo pela rua até chegar na praia. Chorava muito, peguei um punhado de areia e passava no meu corpo para limpar toda sujeira que estava impregnada há anos... Chorei muito e pensei: 'se falo pra minha mãe, eles vão se separar, pois ele era o melhor amigo do meu pai. Se falo para o meu irmão, ele vai querer matá-lo'."

Por fim, Xuxa explica por que decidiu quebrar o silêncio sobre o abuso anos após o ocorrido.

"Me calei até os quase 50 anos, quando resolvi falar no Fantástico, pois queria divulgar o disque denúncia, o Disque 100. Queria alertar as pessoas. Nós geralmente não queremos falar, porque é feio, porque não é certo, porque aprendemos que sempre tem que ter um culpado numa situação como essa. E é claro que nos sentimos culpados - eu me sentia culpada apenas por existir. Dos 4 até os meus 13 anos, eu passei por várias situações que me fizeram ter mania de limpeza. Tomo de 3 a 4 banhos por dia, tenho vontade de estar com crianças pois elas não me fariam nenhum mal - isso é coisa de adulto. Hoje, quero emprestar minha voz em campanhas para crianças que não falam, não gritam e choram sozinhas. Eu preciso fazer isso por elas, já que não fiz por mim", concluiu a apresentadora.

 

 

 

FONTE: Uol



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